terça-feira, 8 de novembro de 2011

Amor que doi

Cansei de querer mais
de querer o que não tenho
vou rentabilizar a vida da qual pretendo

Dar adeus aos beijos vazios
as promessas falsas
aos abraços de despedidas de manhã
sorriso que não verei mais

Quero amor, amar
aquele fogo todo que arde, e até queima
perder o chão a cabeça
jamais o coração

Cansei de amores de uma noite
poesias sem poemas
ausência vivida

Quero um amor dengoso, real, que na manhã seguinte acorda
mas ainda sonhando em jamais acabar. 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Falta de ar


Na noite calorosa
A pele arde pela mudança da nação
Os seres ligados por uma mesma idéia
O excesso não me vale nada
A essência não mudou
Acreditar está em outro plano
O tesouro está dentro de nós
O amor pediu férias, estava cansado
Precisava de um tempo, para rever, para pensar
A guerra começou no meu interior
O ar estava preso, sufocado
Agora consigo respirar, um pouco melhor
Mas ainda ofegante. 

Dia

                                                                              Isadora Boerger e Taciano Nunes.


Não sei se é amor aqui dentro do peito
Se é solidão ou o querer de estar
Sei que é uma coisa e não tenho o direito
De sofrer e amar

Toda cor vai lembrar seu olhar
Sentindo seu cheiro
Caminhando em um campo de flores
O samba que se dança ao luar
De certo farei uma coisa
Aval essa vida a levar

Passado na linha do futuro
Chegar no céu através dos sentimentos
A viola e a cerveja no meio da tarde
Beleza nos olhos atentos
A poesia completa a vida
Vida feita de grandes contrastes
Eu vejo a cidade dividida
É favela de um lado no outro vaidade. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sem explicação


É por coincidências que descobrimos a vida
A essência de cada ser
Por uma noite solitária
Passados em vultos, me descubro então
Posso me subestimar entre as rimas e as funções fáticas
Mas sei que quero, ah, mas eu quero
Encontrar e construir
Descobrir o encantador calor que tem na rica vida noturna.

domingo, 4 de setembro de 2011

1899



Dentro das gavetas deixo memórias
Os passos corridos para saborear o doce na boca
Construímos com tijolos as etapas do infinito
O medo do escuro era mais confortante com a mão acolhedora
As lembranças do velho tempo, da velha vó
Entre galhos o risco intenso da queda

O colo cura as inseguranças
A voz sábia evitando sentir o ardido da pimenta na vida
A inocência se foi, e tudo ficará guardado no percurso da estrada.

sábado, 3 de setembro de 2011



Está chovendo
Eu estou só
Mas não mais
Acendi o fogo
As chamas queimam a ponta
As idéias transcendem a existência
Tudo isso é pequeno diante da beleza da água
A sensação da chuva
Caindo lentamente transcendem É linda
Linda !

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Janela





Fico só, eu e a janela
Aberta de vida
Estendendo a bandeira branca da monotonia

A luz pisca como o movimento dos seus olhos
Procurando o relógio do tempo
O querer é o desconhecido do saber

Nasci na Bahia com o barulho do mar
Nesta estadia já me conheço
Já me entendo
É a janela do povo brasileiro.